terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sentimental

Alguma coisa me afastava da morada do meu unico mais antigo amor.
Aquele sol todo corroía  a minha cabeça, e eu ia perdendo lentamente os movimentos, minha vontade era cair naquela areia quente, e lá ficar, mas não pra sempre. Uma hora eu teria que levantar, erguer minha cabeça, enxugar as lágrimas, e enfrentar essa tal corrente contraria de vento que só me afastava cada vez mais da minha contraditória e torta realidade.
E naquele dia eu fracassei. E por conta da minha falta de coragem, hoje eu tô aqui, nem perto, nem longe, apenas estou porque quero estar, e só por querer, talvez um dia eu possa voltar a amar.

sábado, 21 de maio de 2011

A desculpa de um amor antigo.

Sei que não foi muito humano o que fiz, sei também que te fiz sofrer, e mais do que isso, acabei com todas as suas esperanças de felicidade.
Sei que agindo assim pareço um ser sem coração, sem sentimentos, e uma grande filha da puta.
Mas minha personalidade é forte, e o meu nome me define muito.
Perfeccionista, chata, irritante, e difícil de agradar, humor variável de virginiana... Vamos ser sensatas, e sinceras, isso nunca daria certo. Não é querendo ser pessimista, é apenas o que acho, o que vejo e o que penso.
Não nasci para pertencer a ninguem a não ser a mim mesma... Desculpe-me por todo esse amor que fora cuspido, escarrado, e vomitado.
Já fechei as portas do meu coração.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A busca


Em mais um sábado ensolarado, eu me escondia atras de cortinas cor marfim que decorava a minha unica janela, que por sinal tinha uma previlegiada vista a uma das mais movimentadas avenidas de Londres.
Aproveitava minha tarde em profundo isolamento, eu, paredes, um aparelho antigo de tv, uma vitrola quebrada e algumas meias.
A cor da Tv não era das melhores, e pegava apenas um unico canal, a minha vida era como a programaçao da tv, sempre a mesma e eu não podia mudar isso, a não ser se comprasse um aparelho novo. Mas eu não tinha muito dinheiro, e o que guardava em meu fundo de garantia era para comprar uma casa, ja que morava de aluguel.
Eu trabalhava em um escritório jurídico, era auxiliar administrativa, mas nao queria ter isso como profissão. Sempre odiei direito e não sabia nem se queria fazer faculdade, nao sabia nem se teria um futuro.
O meu coração funcionava como um carro sem rodas, ele funcionava, mas não iria a lugar algum. Parado, fodido, e dilacerado por uma distancia filha da puta.
Eu já tive familia, até fazer 18 anos quando fugi da America do Sul para a Europa, eu tinha um plano, levar o meu coraçao comigo, mas ele não quis sair do lugar, ele não quis sair de Minas Gerais.
Eu prossegui na minha caminhada, a unica coisa que me faria ficar eram os seus braços, seus abraços, e a sua aceitação. Mas ela não aceitava a si mesmo, como iria me aceitar?
Tinha medos, frustrações, era uma covarde como eu.
Eu jurei a ela quando parti que logo estaria de volta, caso sentisse minha falta, caso ela pedisse por meu retorno. Dei meu numero celular, e lhe prometi que mandaria cartas.
Eu cumpri o que disse, a cada semana mandava uma carta, fora os textos que continuava a postar na rede, demorava, nao tinha muita frequencia, mas sempre que tinha tempo, eu ia a uma biblioteca que ficava a três quadras do meu apartamento, e lá postava textos em meu blog com um computador tao antigo, mas tao antigo, que so para se conectar a internet demorava uns 30 minutos.
Todos os dias eu acordava as seis da manha sem vontade nenhuma de viver, eu era forçada a acordar, a comer, a sair, e a trabalhar. Sem vontades, e com um só objetivo.
Certo dia, algo havia fugido da rotina, e eu nao precisei comprar uma tv nova, nem mudar de emprego, muito menos tinha decidido comprar um computador, ou passar em um vestibular.
Dois anos se passaram, e uma estranha bateu a minha porta. Abri a fechadura para perguntar quem era por uma distancia de mais ou menos 10 mm que prendia a corrente de cadeado à parede, perguntei sem expectativas. Ela estava lá, como eu tinha imaginado que fosse o nosso reecontro, talvez tivesse crescido uns dois centimetros, na sua boca ainda o batom de cor vermelho 27, e seu cheiro de Chanel 5 envolvia todo ambiente. Meus olhos se encheram d’agua logo que a vi, e ela sorriu aquilo me preencheu, e todo amor que havia morrido em mim tomou o lugar do vazio de sua ausencia.
Ao me dar conta que passamos mais parte do tempo nos observando, eu abri o cadeado e deixei que ela entrasse, ignorei minha aberta, beijei a como se fosse o ultimo beijo, como se fosse a ultima mulher [UNICA], afaguei seus cabelos.
Ela retribuiu o beijo, e logo disse em palavras doces, no embalo de sua proza fui te despindo, até a ultima peça de roupa, depois usei seu corpo reconstruindo o nosso elo perdido a tres longos e fodidos anos.
Fizemos tudo que devia ser feito, sendo uma só pessoa em dois corpos inuteis cheios de sentimentos.
Quando o sol começou a sugir no horizonte, eu acordei antes dela so para ter a certeza que nao houvera tomado uma garrafa de vinho e me afundado em mais uma grande decepçao, e graças a Deus ainda estava La quando acordei. Pronto, o mundo poderia acabar naquele momento, eu ja tinha felicidade para o resto da vida. Levantei e me direcionei a cozinha para pegar algo para despertar, voltando para admirar-la dormir, presenciando a sua fulga, ela apanhava suas roupas do chao da sala enquanto socava as mesmas em suas malas, levou um susto a me ver encostada na porta com uma camisa surrada de banda e uma chícara de café na mão e um sorriso largo no rosto. Eu sabia o que ela estava a fazer, e sutilmente a deixei partir.
Assim que ela sumiu pela porta, lagrimas quente dançavam sob minha face, será que fora o calor do café em meu rosto? Ou apenas meu exterior refletindo o que havia dentro de mim?
Ela ja nao era tao minha, nem eu tão dela, e eu ja estava me acostumando a minha vidinha de tv preta e branca (às vezes em serpia) com chuviscos, funcionando apenas no canal de esportes, e tambem a andar ate a biblioteca, afinal fazia muito bem a meu sedentarismo, meu emprego de secretaria e fotografa tambem ja era desde entao ridiculamente normal a esse ponto de minha vida.
Talvez eu tivesse perdido muito tempo esperando por uma unica pessoa, e talvez eu deva ainda estar esperando por essa.

terça-feira, 5 de abril de 2011


Dizem que para escrever, voce precisa sentir as palavras, viver a ideia.
Um dia pensei em parar de escrever e viver vegetando, eu tinha raiva das pessoas [e ainda tenho], eu sentia repulsa da humanidade por ser tao igual, por ser tao preconceituosa, e especialmente por ser capaz de enxergar exclusivamente aquilo que para eles seja “UM PADRÃO DE VIDA” Não quero ser um padrão, nao quero ter um, eu sou feliz assim e nao vou mudar por nenhum filho da puta, apesar de muitas vezes sentir uma imensa necessidade de suicidio por viver em um lugar de pessoas medianas, hipocritas, de um só padrão.
Eu ja pensei em morte, em fugir para um lugar distante, em viver trancada em casa como a vizinha que morrera a uns 2 anos atras, sim, ela nunca saia de casa, o maximo que ia da porta para fora era o jardim, colher suas amoras murchas. Pois, ela viveu em sua casa, ela morreu em sua casa, nao havia ninguem por ela, a nao ser a propria sombra, e sinceramente nao quero ser como a falecida Dona Zefa, que morreu aos 98 anos sem ter conhecido um bom orgasmo, sem sequer ter visto um unico por do sol, sem nunca ter ido a praia num domingo de manha para olhar para os detalhes das sungas dos surfistas.
Prefiro morrer agora a viver 100 anos uma vida dessas.
Eu sempre fui do tipo de pessoa que preferia ter varias ao mesmo tempo, pois, com  a capacidade que eu tenho de afastar seres humanos de mim, esse numero cairia para 10% de 100, ou seja,  pessoas que realmente me amam como sou, gorda ou magra, lesbica ou lesbica, virgem e nao virgem, mas enfim. Se um dia eu escrevesse um livro, desses 10% de pessoas que restaram em minha vida, eu citaria uma em especial, e para esta, reservaria umas 20 folhas do mesmo.
Se chama Angelica, é sapatao incubada e é incrivelmente maravilhosa e viciante. Tudo comecou quuando eu quis beija-la e ela com sua indiferença me fazia de besta, eu admito, por 2 minutos de minha vida eu cheguei a gostar de Angelica, isso agora é vergonhoso pois, hoje posso dizer que ela é minha melhor amiga.
É interessante citar Angelica no meu texto, pois, como eu expus a minha revolta com pessoas normais, hipocritas, e preconceituosas, eu posso falar que Angelica é o meu tipo certo de pessoa, porque ela é a unica que irá rir da minha desgraça caso eu perca um dente, ela é a unica que vai me aconselhar a pegar uma pessoa com aids ou pintar o cabelo de loiro com mexas ruivas... E  Apesar dela nao saber que temos muito em comum ( prefiro que ela nao saiba que eu gosto de QUASE as mesmas bandas que ela, entre várias outras coisas como amar o frio, e  comidas nao saudaveis) nos damos super bem. Prefiro esconder essas coisas dela pois, se eu dissesse que gosto das mesmas coisas que ela, teriamos sempre um dialogo terrivel e frustrante, imagina so eu concordando com todas as coisas que a agelica diz? KILL ME, KILL ME, isso, eu prefiro a morte, eu gosto de ser assim, contraditoria, irritante. Gosto de parecer um menino, gosto de me mostrar na internet para meio mundo de sapatao, gosto de ser uma não virgem, ótaria, e ter um mal gosto para roupas, pessoas, musicas, e fotos...  Gosto de ser tudo isso para a Angelica.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Amar, querer, sentir.

Quero te carregar no colo e sentir o peso do teu corpo no meu.
Quero chorar de olhos fechados, e ao abrir, eu quero ver o teu sorriso.
Eu preciso desse teu sorriso!
Quero poder fazer panqueca para voce no cafe da manhã e dizer o quanto voce é linda quando acorda.
Eu quero ser pessoa que te manda flores num domingo de manha, ou a pessoa que irá te fazer cartões no dia dos namorados.
Eu só queria te dar um beijo de boa noite, e poder falar baixinho em seu ouvido, que pode sonhar comigo tranquila e que eu vou estar aqui quando acordar.

INcerteza


Quem garante meu bem, que duraremos por muito tempo?
Quem pode nos dar a certeza de uma vida boa e fácil? Quem?
Eu não posso, mas sei meu bem, minha flor, eu tentarei até o meu ultimo adeus, até o meu ultimo sorriso, até o meu ultimo olhar.
Eu ainda vou presenciar um sorriso, ainda vou desfrutar d’um abraço com cheiro de fruta, eu ainda vou sentir o teu calor se unir ao meu, e assim meu bem, nesse dia, seremos um, não dois.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Bia e Lucas


As cartas que havia feito naquele verão, já não era nada diante a cena que  estava presenciando.
Ele estava lá, o amor da sua vida, estava lá, beijando outra.
Parecia que tudo que ela tinha feito, já não valia nada. Logo ele que sempre cobrou certa importancia na vida da garota, agora estava acabando com a vida dela.
As cartas caíram de suas mãos, uma lagrima beijou seu rosto, e o brilho do sol
refletia sobre seus olhos umidecidos. Ela quis cai ao chao, como as cartas, ela quis fechar os olhos e em questao de segundos abrir para dar tempo de tudo voltar ao normal. Ela queria que aquilo fosse um sonho, um pesadelo.
Ele, ao ouvir os sussurros de seu choro, parou de beijar a menina de belos cachos dourados, e seus olhos começaram a fitar os da pequena Beatriz.


Ela não sabia se deveria falar algo, ou  correr desesperadamente sem rumo, sem destino. Pingos de uma chuva fraca caiam sobre sua cabeça, e algumas sobre seu rosto, misturando assim chuva e choro, trasnparecendo em sua face a marca de um coração partido, ou apenas uma maquiagem borrada.


domingo, 6 de março de 2011

A fulga


Minha garota, gostaria de me contar como foi o ballet?

Sente se bem aqui, vamos tomar chá...
E lá se foi a senhora de 69 anos que adorava conversar com a pequena Cecília, pegou o chá e os biscoitos.
Sentaram se nas cadeiras da varanda que ficava de frente a um lindo jardim plantado por ela mesmo, e logo mais adiante ja se avistava a pista, naquela rua era dificil ver automoveis passando, entao admiravam as pessoas passeando com suas bicicletas de s rodas grandes.
A conversa foi tanta que as horas se passaram e elas nem perceberam.
-Preciso ir, minha mãe ja deve estar preocupada, ja passou do meu horario.
E la se foi a pequena Cecília com algumas flores do jardim de sua velha amiga amiga. E lá se foi, mas só até a metade do caminho, pois desmaiou no meio da rua.
-Mamãe, oque pensava em fazer? Já vi que não posso deixar a senhora sozinha. Mas uma vez tentando fugir não é? Não tem mais jeito, preciso interna-la.
E como um animal perigoso, foi carregada e posta em uma van branca que em sua lateral tinha escrito “ ADI: Abrigo de Idosos” .
Seu filho John não entendia, ela só iqueria voltar para a casa da mãe, estava atrasada, estava atrasada à 50 anos. Será que foi o ballet, o chá ou os biscoitos?
A resposta é bem simples, foi John!

sexta-feira, 4 de março de 2011

O medo


Todos a fitavam com olhos grandes, ela meio desconfiada dos olhares alheios, andava cada vez mais rapido, e procurava se notar, para tentar entender o porque  de toda aquela atençao voltada para si. Alguns apontavam, outros cochichavam seu nome de uma maneira que dava para ver por leitura labial.  O que havia de demais na garota?
Era setembro, e algumas flores estavam caidas ao chão. Claire se pôs a correr na multidão, e algumas lágrimas saltaram de seu rosto redondo. Mas isso não foi o bastante  para fugir dos comentarios e dos olhares, pois, tropeçou e caiu no asfato quente de meio dia sendo motivo de riso.
Ela sangrava, e já não sabia oque fazer para conter a hemorragia, pouco se importava com o sangue, pois, sua atençao estava voltada para as pessoas a seu redor.
Enquanto eles riam, ela chorava.
Será que ela era perigosa? Ou algum tipo de aberração? Pelo menos nao parecia, era pequena, pele pálida, e tinha olhos pequenos, parecia ingenua, mas talvez nao fosse. O que havia de errado com aquela garota? Será que ela era normal demais para eles? Ou será que ela nao se encaixava nesse padrão? Será que ela tinha algum?
Eu nao presenciei o final da cena, nao sei oque aconteceu com a pequena Claire, eu só espero que ela não tenha mudado diante aquele acontecimento. Seja lá oque tenha feito, oque tenha sido, não era da conta de ninguem, muito menos da minha, apesar de querer me jogar  ao chao e chorar com ela, nao era do meu interesse saber sobre a sua historia, sobre a sua vida, eu só acreditava que estava diante de uma grande garota, de uma grande mulher.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A mais doce


Você não faz ideia do quanto é linda, Pietra!

Yasmin


Sentada ouvindo uma  boa musica, tentando conseguir a proeza de não pensar em coisa alguma, ou pelo menos pensar em uma coisa diferente do que penso sempre.Mas isso é só uma maneira de dar voltas e voltas para pensar em uma  só coisa.
Ontem, quando li aquele pequeno texto que me fizestes, me deu um rebuliço, e de repente tive um ataque de borboletas fervilhando em minha barriga, e meu coraçao começou a disparar a ponto de explodir. Era voce, aquilo era voce em mim.
Eu ja nao tinha mais palavras para agradecer a todo aquele amor, aquele afeto, a toda aquela admiraçao que voce mostrou em tão poucas palavras. Na verdade eu me poupei disso, porque geralmente quando a gente começa a agradecer, sem pensar, sem raciocinar, até mesmo sem perceber, acabamos prometendo, jurando algo, e isso, é a unica coisa que eu nao posso fazer com voce.
Nao quero que espere nada de mim, muito menos que me cobre. Odeio quando amor vira cobrança, quando vira obrigação, não quero aqui, decepçao. Eu quero mesmo é te surpreender, te deixar sem fala, sem reaçao e com o coraçao a mil, assim, do jeitinho que voce faz comigo.
E se  eu puder pronlongar esse sentimento, eu vou. Pois tudo oque eu quero é ter voce aqui, bem pertinho de mim. Então que assim seja, o nosso amor.

Um alguem em algum lugar.


A ferida em meu braço cresceu, agora consigo percebe-la.
Nao sei se a minha ilusao de felicidade me impediu de perceber que ela estava aqui o tempo todo, esperando por um momento meu de fraqueza para aumentar e ferir ainda mais o meu ego, e a minha autoconfiança.
Quero me acostumar com a ideia de que não posso mais escolher alguem para dividir uma  vida comigo, pois essa eu não mais terei, a doença já tomou conta de mim, e eu prefiro ficar silêncio, não gosto dessa historia de ser a coitada, nunca gostei, prefiro sofrer, chorar, sentir, morrer, sozinha, sempre. Nao preciso de ninguem para ser infeliz, só de mim mesma.
Eu nao posso mais sonhar, nem brincar de prever um futuro, pois talvez eu só tenha o presente. E eu não estou disposta a lutar por ele. 

Porra!


Correndo pelos corredores iluminados do estúdio de ballet da ross racer.
Gritando demasiada, caio, como uma louca apaixonada por sapatilhas de algodão, verde com bolinhas brancas.
Nao percebi que caia em um abismo profundo, parecia nao sair do lugar, pois as estampas... Bem, estas eram envolventes... Litras, várias litras, todas da mesma cor, e em sintonia, era simples, porém incrivel.
Nunca havia imaginado morrer assim, dessa maneira tao classica.
Me senti uma Alice, e  estava em busca de algo, algo com um coelho, um coelho da sorte.
Ainda caindo, procurei nao olhar para as estampas, e decidir parar de procurar por algo que eu tinha certeza que nao existia fechei os olhos e resolvi nao pensar em muita coisa.
E eu não pensei, apenas acordei no outro dia com uma vontade danada de chorar correr ao seu encontro para me humilhar por um abraço seu.
Eu estou cansada de sonhar com abismos, com morte, com coisas ruins, eu to cansada de acordar no dia seguinte procurando por voce. Me ensina a te esquecer, vai?

Pura satisfação carnal.


Estou aqui, deitada como da ultima vez.
De olhos fechados, relembrando a sua expressao, os seus traços...Tudo isso tem me perturbado muito. Mas eu finalmente estou feliz.
Levanto  da cama, do escuro. Procuro escovar os dentes, ou talvez só fugir um pouco das imagens que sao reprojetadas em minha mente quando deito nesse ninho que ja foi nosso [quem é e sempre será, nosso.], mas a essa altura do capeonato, nada mais adianta, pois eu estou perdidamente apaixonada por voce, e os segudos que passam, me fazem questao de mostrar isso.
 minha boca fede a cigarro, do mais  vagabundo, e isso me lembra voce.
Eu menti quando disse que trocaria o lençol da minha cama, pois eu  jamais deixaria de desfrutar desse nosso cheiro. Mas aqui só há o nosso, e eu procuro o teu.
Agora eu quero um banho, para que as gotas de agua escorram sobre meu corpo e leve com elas toda essa loucura que me faz acreditar numa ilusao a dois [ou a duas].  Mas isso não seria o bastante, pois a toalha que voce se enxugou, ainda estava pendurada no varal, esperando pela proxima vez.
Eu a usei, explorando cada parte do meu corpo, imaginando o seu . Pura loucura, alucinação, e desejo... E desejo!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

730 dias e uma vida inteira.

Você lembra de quando nos encontravamos às escondidas?  Da nossa primeira música, de todas as nossas brigas, e  o mais bonito... todas as nossas reconciliaçoes? Tapas, beijos, palavrões, lagrimas, noites perdidas, msgs, jogos do flamengo x vasco, perdas, vitorias, e todo o nosso amor? toda a nossa coragem e  vontade de ficar juntos?
Sabe oque eu gosto em você? A sinceridade das tuas palavras e talvez esse seu jeito rude, de querer mandar em mim, sabendo que ninguem consegue essa proeza.
Nós temos uma vida inteira pela frente para trabalhar isso.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Falecida Cecília.

Eu a vi crescer, ensinei a dizer bom dia, e ensinei a ter bons modos. Ela sorria à visitas, e me dava luz todos os dias.
Eu acreditava em um futuro  cheio de conhecimento e desafios, eu queria o mundo com ela, do lado.
Eu a quis mais que qualquer coisa nesse mundo, ela era minha, tinha saido de dentro de mim, suas raizes estavam fincadas em meu chão.
Ela era toda a minha motivação, toda a minha coragem, todo o meu eu de volta. Eu a agradeço, mas nao a perdoou.
Quando eu a vi morta no chão, corri e a carreguei em meu colo, chorei quando vi aquele rostinho tao meu, tao fechado, parecia dormir, no sonho mais profundo, eu tentei acorda-la,  mas era tarde demais.
Alguma coisa ruim estava a acontecer, eu sentia, mas nao queria chorar, porque nao queria acreditar.

 Eu lhe dei a vida, e ela me deu a morte


Utopia de nós dois.


Por todas essas palavras, textos, sonhos, lagrimas, noites em claro...
Por todas as estrelas contadas, amigos imaginarios, presenças do inexistente...
Por todas essas coisas que eu nao tenho, desenho, penso, que eu sorrio.
Por toda mistura de sentimentos que voce provoca em mim, por todo amor que eu inventei...
Por todas as músicas, por todas as alegrias, todas as tristezas que me causou sem intençao...

Por tudo que eu tentei ser, e tentei amar pra esquecer voce...

PORQUE? PORQUE ESSE TUDO TEM QUE TER VOCÊ?

domingo, 23 de janeiro de 2011

Não sei.



Da janela do segundo andar, na place du tertre, eu conseguia ver o por do sol cor de rosa, cor de rosa de paris.
Imagens vagas, palavras ocultas, gritos em silencio, frases cheias de morte, sangue e desilusao.
Sabe... Eu  queria saber entender esse negócio de amar.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Corte o inútil

O azul  do meu quarto, lembra esse teu sorriso dilacerador de corações, que acaba comigo e que sabe muito bem me enlouquecer.
A minha cama vazia, se enche de você nessas noites frias de janeiro.
O meu cobertor cheira ao nosso sexo suado.
-Deitada no escuro(sempre) olho para o teto procurando o céu,  estendendo a minha mão, tentando te alcançar, mas o peso da tua ausencia não me faz te enxergar
Quando fecho os  olhos meu travesseiro me parece se transformar em seu colo, e todas as fadas dos meus sonhos, tem o seu nome e o seu cheiro.
To sentindo uma pequena brisa, penso que és tu, soprando em meu cangote, mas nao é nao! Como sempre eu só penso...Eu sei que tudo isso nao passa de um sonho, eu sei há uma certa distancia, sim... Mas quem disse que você não está aqui?
Meu quarto, minhas cores, minhas fadas, meu cobertor, meu travesseiro, meu cheiro, meu calor, meu frio, meu choro, minhas palavras, minha alegria... minhas estrelas, todas as músicas... Tudo isso, é você.
Tudo isso é você em mim.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Thayná

Terça feira de carnaval

Eu e todas as fadas, estávamos ansiosos para a chegada da mais pura e bela flor, ja vista.
A cidade estava corberta por cores e purpurina, as pessoas cantavam, e como num ballet clássico, giravam em sintonia perfeita sob o som dos assobios dos pássarinhos que gozavam alegria, todos eles a espera da sua chegada.
A festa só estava começando... Pareciamos estar dentro de um pote de mágica, com fadas, borboletas, mariposas, duendes, gnomos, faumos, e todas essas criaturas exóticas, se contorcendo esbanjando simpatia.
A flor chegou! eu a toquei com tal delicadeza, que acho que nem ela soube distinguir tamanha admiração e encantamento.
Eu estava agora com a flor em mãos, e seu coraçao nesse momento ja era o mesmo que o meu! A alegria tomava conta do meu eu, e quando me vi, ja estava cheia de cores, purpurina, e todos os doendes, gnomos, mariposas, fadas, faumos, passaros, estavam a minha volta, abençoando a nossa união, o nosso amor, a nossa dor...