quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Sem titulo

O seu sorriso transbordava preenchia o meu, e nossa sintonia era ineSxplicável e unica.  Tínhamos dentro de nós todos os sonhos do mundo, e o mais impressionante é que eles  eram incrivelmente diferentes e  se completavam. A cumplicidade era tanta que eu já não sabia dizer o que ela significava pra mim, ou melhor dizendo se fosse defini-la em uma palavra, definiria em amor.  E sem ar maiúsculo de Camões, sem perfeição, pequeno mesmo, torto mesmo, tão intimo que chega a ser feio, e eu amo, por que de certa forma tem cor, tem sentimento, tem o nosso cheiro, a nossa cara, o nosso amor, isso sempre irá bastar. Para sempre, e sempre.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

mesa pra dois, por favor.

Depois de anos, um tão inesperado encontro.
Você aparece, com novos ares, com um ar de mais velho, um ar de mais sério, realmente, as coisas mudaram. E nós talvez não sejamos mais os mesmos, ou não. Talvez no fundo no fundo, esse tempo passado tenha sido proposital, talvez o destino quis que nos afastássemos para que não houvesse dor, essa dor de distancia, prolongando assim o amor.
Parece ser bonito, e talvez ainda seja. Vivemos de incertezas de palavras, de atitudes, de sentimentos, de talvez. Adoro achismos. Nenhum ser humano é absoluto, é tudo momento, vivemos de momentos, somos o tempo.
Mas então, sem mais delongas, senti seu cheiro de longe... É isso. E fui atrás, corro atrás, como determinada que sou, sem medo da rejeição, animada por qualquer "reação". Foi bom rever seu rosto, foi bom sentir seu cheiro, foi bom olhar em seus olhos, e sentir tudo aquilo que um dia sentimos um pelo outro.
Queria saber se você ainda lembra das nossas promessas, nossos ideais, e juras de amor. Queria saber se você tá feliz aí com seu novo amor... Queria saber como foi esse tempo sem mim... E queria saber ainda mais como seria tudo isso comigo, se é que me entende.
 É só isso, tenho muito a dizer, tenho muito a perguntar ainda.. Tava pensando em te encontrar, é só você dizer, a hora e o lugar.


Eu vou


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

4 passos à loucura.

-Um martine por favor. Aliás, martine não, pois me faz lembrar de algo não muito desejado.
 Na verdade desejado por uma vida, só não agora. Aliás, agora sim! A quem devo enganar? Ao garçom, à bebida, ao gelo, ou a mim mesmo?
Mentir ou não, não te trará de volta, então pra que tanta pergunta?
Cansei! Cancela o Martine, vou atrás do que tanto desejo, e nego e amo.
Martini.
Vem cá Amor, com ar de camões, vem idealizado, intenso e sem defeitos. Vem de longe, vem de perto, de onde estiver. Vem com abraços, flores, e cheiro de café, drogas e cheiro de lama. Vem com cheiro de suor, de flor, de bem-querer. Me ama do seu jeito torto, do seu jeito lindo, vem sem jeito mesmo. Mas vem! Sem pressa, sem dor, sem arrependimentos. Me tira dessa cama, dessa loucura, desse sonho à sós. Vem pra mim, vem por mim, e continua vindo, mesmo que a corrente de vento seja contrária! Vem andando correndo ou remando. Vem re-amando, trazendo emoções, reciclando sentimentos. Transforma em amor toda esssa dor,  vem que eu te espero em meu cobertor. Na rua, na chuva, num barquinho qualquer, numa canoa, vem com o vento, voando, feito fada, você. Feito você, é o que tenho feito.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A criança da rua do meu colégio


Em mais uma longa caminhada à minha rotina infernal, lá estava eu, me sobrepondo aos reflexos matinais  de uma segunda feira ensolarada. Procurei-a, na varanda do segundo andar debrussada como de costume, fitando me com aqueles seus grandes olhos castanhos, trocando com aquele ar que eu respirava, varias fragancias de rosas amassadas com um leve frescor de menta. Nao estava mais, nem os olhares que tanto me intimidavam, nem o ar fresco das tais rosas, muito menos as cores mais felizes do meu dia.
Varios questionamentos  adentraram em minhga cabeça, será que fora por motivos de saúde o motivo de sua ausencia?  Ou por filhos? Será que ela tinha alguem? Por alguns segundos, o seu sorriso ficou na minha cabeça, e eu sorri.
Passaram-se os anos, e eu nem os vi, mas eles passaram como uma tapa na minha cara me deixou algumas rugas, e uns sinais de velhice. Decidi entao passar novamente por sua casa, e olhar para sua varanda, por tantos anos fora o motivos dos meus sorrisos e das minhas alucinações. 

Ao meu queridíssimo amigo Gustavo.


Por mais forte que estivesse o sol que brilhava naquele infinito azul de mar que havia diante nós, não era o suficiente para esquentar os nossos corpos distantes, distantes até certo ponto, ponto esse definido no cruzamento de dois sorrisos saudáveis, distintos, e sedentos, sedentos, um do outro.
Conversavamos bobagens nao muito pensadas,  e eu nao parava de rir, e nem de olhar seus olhos castanhos-claro.  Ele me observava sorrir, e seus olhos muitas vezes  paralizavam no meu sorriso, riso, e iamos perdendo o siso. E quando nos demos conta do horario, ja havia passado das 12 e meu pai iria me matar, pois disse que só ia dar uma volta com umas colegas do colegio, e disse a meu namorado que iria a praia andar com minha mãe... Mas eu estava lá, com aquele meu amigo que era mais meu do que de qualquer outra pessoa.
Perdemos alguns minutos em silencio, talvez até horas, e nao precisavamos de outra coisa, só do calor do nosso momento, da nossa inexplicavel sintonia, e por todas as coisas que só nós dois entendiamos.
Eu ja tinha perdido o ultimo ônibus, e ja tinhamos resolvido ir a pé mesmo, e fomos, e no caminho para casa, eu dançava embalada pelo vento forte que soprava do oeste, e ele me acompanhava.