quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A criança da rua do meu colégio


Em mais uma longa caminhada à minha rotina infernal, lá estava eu, me sobrepondo aos reflexos matinais  de uma segunda feira ensolarada. Procurei-a, na varanda do segundo andar debrussada como de costume, fitando me com aqueles seus grandes olhos castanhos, trocando com aquele ar que eu respirava, varias fragancias de rosas amassadas com um leve frescor de menta. Nao estava mais, nem os olhares que tanto me intimidavam, nem o ar fresco das tais rosas, muito menos as cores mais felizes do meu dia.
Varios questionamentos  adentraram em minhga cabeça, será que fora por motivos de saúde o motivo de sua ausencia?  Ou por filhos? Será que ela tinha alguem? Por alguns segundos, o seu sorriso ficou na minha cabeça, e eu sorri.
Passaram-se os anos, e eu nem os vi, mas eles passaram como uma tapa na minha cara me deixou algumas rugas, e uns sinais de velhice. Decidi entao passar novamente por sua casa, e olhar para sua varanda, por tantos anos fora o motivos dos meus sorrisos e das minhas alucinações. 

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