terça-feira, 5 de abril de 2011


Dizem que para escrever, voce precisa sentir as palavras, viver a ideia.
Um dia pensei em parar de escrever e viver vegetando, eu tinha raiva das pessoas [e ainda tenho], eu sentia repulsa da humanidade por ser tao igual, por ser tao preconceituosa, e especialmente por ser capaz de enxergar exclusivamente aquilo que para eles seja “UM PADRÃO DE VIDA” Não quero ser um padrão, nao quero ter um, eu sou feliz assim e nao vou mudar por nenhum filho da puta, apesar de muitas vezes sentir uma imensa necessidade de suicidio por viver em um lugar de pessoas medianas, hipocritas, de um só padrão.
Eu ja pensei em morte, em fugir para um lugar distante, em viver trancada em casa como a vizinha que morrera a uns 2 anos atras, sim, ela nunca saia de casa, o maximo que ia da porta para fora era o jardim, colher suas amoras murchas. Pois, ela viveu em sua casa, ela morreu em sua casa, nao havia ninguem por ela, a nao ser a propria sombra, e sinceramente nao quero ser como a falecida Dona Zefa, que morreu aos 98 anos sem ter conhecido um bom orgasmo, sem sequer ter visto um unico por do sol, sem nunca ter ido a praia num domingo de manha para olhar para os detalhes das sungas dos surfistas.
Prefiro morrer agora a viver 100 anos uma vida dessas.
Eu sempre fui do tipo de pessoa que preferia ter varias ao mesmo tempo, pois, com  a capacidade que eu tenho de afastar seres humanos de mim, esse numero cairia para 10% de 100, ou seja,  pessoas que realmente me amam como sou, gorda ou magra, lesbica ou lesbica, virgem e nao virgem, mas enfim. Se um dia eu escrevesse um livro, desses 10% de pessoas que restaram em minha vida, eu citaria uma em especial, e para esta, reservaria umas 20 folhas do mesmo.
Se chama Angelica, é sapatao incubada e é incrivelmente maravilhosa e viciante. Tudo comecou quuando eu quis beija-la e ela com sua indiferença me fazia de besta, eu admito, por 2 minutos de minha vida eu cheguei a gostar de Angelica, isso agora é vergonhoso pois, hoje posso dizer que ela é minha melhor amiga.
É interessante citar Angelica no meu texto, pois, como eu expus a minha revolta com pessoas normais, hipocritas, e preconceituosas, eu posso falar que Angelica é o meu tipo certo de pessoa, porque ela é a unica que irá rir da minha desgraça caso eu perca um dente, ela é a unica que vai me aconselhar a pegar uma pessoa com aids ou pintar o cabelo de loiro com mexas ruivas... E  Apesar dela nao saber que temos muito em comum ( prefiro que ela nao saiba que eu gosto de QUASE as mesmas bandas que ela, entre várias outras coisas como amar o frio, e  comidas nao saudaveis) nos damos super bem. Prefiro esconder essas coisas dela pois, se eu dissesse que gosto das mesmas coisas que ela, teriamos sempre um dialogo terrivel e frustrante, imagina so eu concordando com todas as coisas que a agelica diz? KILL ME, KILL ME, isso, eu prefiro a morte, eu gosto de ser assim, contraditoria, irritante. Gosto de parecer um menino, gosto de me mostrar na internet para meio mundo de sapatao, gosto de ser uma não virgem, ótaria, e ter um mal gosto para roupas, pessoas, musicas, e fotos...  Gosto de ser tudo isso para a Angelica.

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