segunda-feira, 14 de março de 2011

Bia e Lucas


As cartas que havia feito naquele verão, já não era nada diante a cena que  estava presenciando.
Ele estava lá, o amor da sua vida, estava lá, beijando outra.
Parecia que tudo que ela tinha feito, já não valia nada. Logo ele que sempre cobrou certa importancia na vida da garota, agora estava acabando com a vida dela.
As cartas caíram de suas mãos, uma lagrima beijou seu rosto, e o brilho do sol
refletia sobre seus olhos umidecidos. Ela quis cai ao chao, como as cartas, ela quis fechar os olhos e em questao de segundos abrir para dar tempo de tudo voltar ao normal. Ela queria que aquilo fosse um sonho, um pesadelo.
Ele, ao ouvir os sussurros de seu choro, parou de beijar a menina de belos cachos dourados, e seus olhos começaram a fitar os da pequena Beatriz.


Ela não sabia se deveria falar algo, ou  correr desesperadamente sem rumo, sem destino. Pingos de uma chuva fraca caiam sobre sua cabeça, e algumas sobre seu rosto, misturando assim chuva e choro, trasnparecendo em sua face a marca de um coração partido, ou apenas uma maquiagem borrada.


domingo, 6 de março de 2011

A fulga


Minha garota, gostaria de me contar como foi o ballet?

Sente se bem aqui, vamos tomar chá...
E lá se foi a senhora de 69 anos que adorava conversar com a pequena Cecília, pegou o chá e os biscoitos.
Sentaram se nas cadeiras da varanda que ficava de frente a um lindo jardim plantado por ela mesmo, e logo mais adiante ja se avistava a pista, naquela rua era dificil ver automoveis passando, entao admiravam as pessoas passeando com suas bicicletas de s rodas grandes.
A conversa foi tanta que as horas se passaram e elas nem perceberam.
-Preciso ir, minha mãe ja deve estar preocupada, ja passou do meu horario.
E la se foi a pequena Cecília com algumas flores do jardim de sua velha amiga amiga. E lá se foi, mas só até a metade do caminho, pois desmaiou no meio da rua.
-Mamãe, oque pensava em fazer? Já vi que não posso deixar a senhora sozinha. Mas uma vez tentando fugir não é? Não tem mais jeito, preciso interna-la.
E como um animal perigoso, foi carregada e posta em uma van branca que em sua lateral tinha escrito “ ADI: Abrigo de Idosos” .
Seu filho John não entendia, ela só iqueria voltar para a casa da mãe, estava atrasada, estava atrasada à 50 anos. Será que foi o ballet, o chá ou os biscoitos?
A resposta é bem simples, foi John!

sexta-feira, 4 de março de 2011

O medo


Todos a fitavam com olhos grandes, ela meio desconfiada dos olhares alheios, andava cada vez mais rapido, e procurava se notar, para tentar entender o porque  de toda aquela atençao voltada para si. Alguns apontavam, outros cochichavam seu nome de uma maneira que dava para ver por leitura labial.  O que havia de demais na garota?
Era setembro, e algumas flores estavam caidas ao chão. Claire se pôs a correr na multidão, e algumas lágrimas saltaram de seu rosto redondo. Mas isso não foi o bastante  para fugir dos comentarios e dos olhares, pois, tropeçou e caiu no asfato quente de meio dia sendo motivo de riso.
Ela sangrava, e já não sabia oque fazer para conter a hemorragia, pouco se importava com o sangue, pois, sua atençao estava voltada para as pessoas a seu redor.
Enquanto eles riam, ela chorava.
Será que ela era perigosa? Ou algum tipo de aberração? Pelo menos nao parecia, era pequena, pele pálida, e tinha olhos pequenos, parecia ingenua, mas talvez nao fosse. O que havia de errado com aquela garota? Será que ela era normal demais para eles? Ou será que ela nao se encaixava nesse padrão? Será que ela tinha algum?
Eu nao presenciei o final da cena, nao sei oque aconteceu com a pequena Claire, eu só espero que ela não tenha mudado diante aquele acontecimento. Seja lá oque tenha feito, oque tenha sido, não era da conta de ninguem, muito menos da minha, apesar de querer me jogar  ao chao e chorar com ela, nao era do meu interesse saber sobre a sua historia, sobre a sua vida, eu só acreditava que estava diante de uma grande garota, de uma grande mulher.