sábado, 29 de janeiro de 2011

Falecida Cecília.

Eu a vi crescer, ensinei a dizer bom dia, e ensinei a ter bons modos. Ela sorria à visitas, e me dava luz todos os dias.
Eu acreditava em um futuro  cheio de conhecimento e desafios, eu queria o mundo com ela, do lado.
Eu a quis mais que qualquer coisa nesse mundo, ela era minha, tinha saido de dentro de mim, suas raizes estavam fincadas em meu chão.
Ela era toda a minha motivação, toda a minha coragem, todo o meu eu de volta. Eu a agradeço, mas nao a perdoou.
Quando eu a vi morta no chão, corri e a carreguei em meu colo, chorei quando vi aquele rostinho tao meu, tao fechado, parecia dormir, no sonho mais profundo, eu tentei acorda-la,  mas era tarde demais.
Alguma coisa ruim estava a acontecer, eu sentia, mas nao queria chorar, porque nao queria acreditar.

 Eu lhe dei a vida, e ela me deu a morte


Utopia de nós dois.


Por todas essas palavras, textos, sonhos, lagrimas, noites em claro...
Por todas as estrelas contadas, amigos imaginarios, presenças do inexistente...
Por todas essas coisas que eu nao tenho, desenho, penso, que eu sorrio.
Por toda mistura de sentimentos que voce provoca em mim, por todo amor que eu inventei...
Por todas as músicas, por todas as alegrias, todas as tristezas que me causou sem intençao...

Por tudo que eu tentei ser, e tentei amar pra esquecer voce...

PORQUE? PORQUE ESSE TUDO TEM QUE TER VOCÊ?

domingo, 23 de janeiro de 2011

Não sei.



Da janela do segundo andar, na place du tertre, eu conseguia ver o por do sol cor de rosa, cor de rosa de paris.
Imagens vagas, palavras ocultas, gritos em silencio, frases cheias de morte, sangue e desilusao.
Sabe... Eu  queria saber entender esse negócio de amar.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Corte o inútil

O azul  do meu quarto, lembra esse teu sorriso dilacerador de corações, que acaba comigo e que sabe muito bem me enlouquecer.
A minha cama vazia, se enche de você nessas noites frias de janeiro.
O meu cobertor cheira ao nosso sexo suado.
-Deitada no escuro(sempre) olho para o teto procurando o céu,  estendendo a minha mão, tentando te alcançar, mas o peso da tua ausencia não me faz te enxergar
Quando fecho os  olhos meu travesseiro me parece se transformar em seu colo, e todas as fadas dos meus sonhos, tem o seu nome e o seu cheiro.
To sentindo uma pequena brisa, penso que és tu, soprando em meu cangote, mas nao é nao! Como sempre eu só penso...Eu sei que tudo isso nao passa de um sonho, eu sei há uma certa distancia, sim... Mas quem disse que você não está aqui?
Meu quarto, minhas cores, minhas fadas, meu cobertor, meu travesseiro, meu cheiro, meu calor, meu frio, meu choro, minhas palavras, minha alegria... minhas estrelas, todas as músicas... Tudo isso, é você.
Tudo isso é você em mim.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Thayná

Terça feira de carnaval

Eu e todas as fadas, estávamos ansiosos para a chegada da mais pura e bela flor, ja vista.
A cidade estava corberta por cores e purpurina, as pessoas cantavam, e como num ballet clássico, giravam em sintonia perfeita sob o som dos assobios dos pássarinhos que gozavam alegria, todos eles a espera da sua chegada.
A festa só estava começando... Pareciamos estar dentro de um pote de mágica, com fadas, borboletas, mariposas, duendes, gnomos, faumos, e todas essas criaturas exóticas, se contorcendo esbanjando simpatia.
A flor chegou! eu a toquei com tal delicadeza, que acho que nem ela soube distinguir tamanha admiração e encantamento.
Eu estava agora com a flor em mãos, e seu coraçao nesse momento ja era o mesmo que o meu! A alegria tomava conta do meu eu, e quando me vi, ja estava cheia de cores, purpurina, e todos os doendes, gnomos, mariposas, fadas, faumos, passaros, estavam a minha volta, abençoando a nossa união, o nosso amor, a nossa dor...